Um levantamento do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) mostra que o Estado tem 2,79 médicos para cada mil habitantes. O número é superior à média nacional (2,1), mas, segundo o estudo, a distribuição de profissionais pelo território paulista ainda é desigual.

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Os dados do Cremesp mostram que o Estado tem 123.761 médicos. O número cresceu 286,89% entre 1980 e 2015 – 3,7 vezes mais do que o aumento populacional – de 77,92% no mesmo período. A razão de 2,79 médicos para cada mil habitantes é a terceira melhor do Brasil – atrás apenas do Estado do Rio (3,75) e do Distrito Federal (4,9).

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A região com a maior densidade de médicos é a de Ribeirão Preto, que conta com 4.817 profissionais (3,32 médicos por mil habitantes), seguida da Grande São Paulo (taxa de 3,05 médicos por mil habitantes). Por outro lado, a região de Registro, no Vale do Ribeira, não chega a ter um médico para mil habitantes – lá, a taxa é de 0,86.

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Em relação às cidades, Santos, Botucatu, Ribeirão Preto, Presidente Prudente e São José do Rio Preto são as que apresentam o maior número de médicos proporcionalmente à população. A capital paulista aparece na 8ª posição entre as cidades com maior densidade de profissionais (4,58 médicos por mil habitantes).

Especializações

O Cremesp também fez um raio-x das especializações. Segundo o conselho, 37,4% dos médicos especialistas no Estado se concentram em apenas quatro áreas: Pediatria, Clínica Médica, Cirurgia Geral e Ginecologia e Obstetrícia. Segundo o estudo, 6 em cada 10 médicos têm pelo menos um título de especialista.

O levantamento mostra ainda as diferenças de gênero de acordo com as especialidades. As mulheres são maioria em apenas 14 das 53 especialidades e dominam as áreas de Dermatologia (77%), Alergia e Imunologia, e Pediatria (ambas com 72%).Já os homens são maioria nas áreas de Cirurgia, Ortopedia e Traumatologia (93%) e Urologia (98%).