Ao comentar o fato de que a cidade terá menos ônibus em operação, mas por um mesmo preço, o secretário João Octaviano afirmou que o edital prevê a substituição dos coletivos atuais por veículos mais novos, com ar-condicionado, Wi-Fi, tomadas USB e câmeras de vigilância. “Terão toda a tecnologia embarcada”, afirmou.

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Outro ponto é a expectativa de melhora de conforto do passageiro também no trajeto. A média de lugares em cada ônibus do sistema, contemplando desde os micros até os biarticulados, vai passar de 79 para 89. Já a cobertura das linhas que hoje atinge 4.680 quilômetros de vias deve ir para cerca de 5.100 quilômetros.

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Todos os coletivos também deverão contar com rampas e acessibilidade total. Eles deverão ter ainda limitador de velocidade em 50 km/h (como já ocorre atualmente) e sistema de movimentação vertical da suspensão (o que reduz os “solavancos” na viagem).

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A Prefeitura também trabalha com a previsão de que com um número menor de linhas nos corredores e faixas exclusivas os coletivos perderiam menos tempo nos congestionamentos, o que compensaria o tempo parado nas baldeações. O corte de linhas que se sobrepõem deve provocar um aumento de apenas 4% nas integrações feitas pelos passageiros.

Questionado sobre essa nova lógica pela reportagem, o professor Claudio Barbieri da Cunha, do Departamento de Transpores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), observou em dezembro que é possível que, mesmo com integrações, as viagens fiquem mais rápidas para o passageiro. “Há uma superoferta de ônibus no centro”, considerou.

Pesquisa de satisfação

A concorrência traz ainda alterações no cálculo dos valores pagos às empresas, considerando atendimento ao público. Atualmente, a São Paulo Transporte (SPTrans, empresa que gerencia o transporte municipal em São Paulo) decide quanto uma empresa de ônibus vai receber calculando quais são os custos fixos para operar determinada linha com determinado número de partidas por hora. Então, divide esse valor pelo número estimado de passageiros na linha.

Agora, além dos cálculo baseados nos custos, as empresas terão remuneração completa se as pesquisas de satisfação mostrarem aprovação à linha e se os índices de qualidade da companhia estiverem em grau de excelência – com menos acidentes, por exemplo. E terão descontos por falhas, como o não cumprimento da hora de partida.

Ambiente

Octaviano também citou o fato de que a Prefeitura determinou que os novos coletivos tenham fontes energéticas menos poluentes que o diesel atual – apesar da previsão de que a frota só será 100% limpa daqui a 20 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.