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Novo santuário, em Salvador, tem vigília e testemunhos no dia da canonização

A colocação da auréola na imagem da santa, naquele que se tornou neste domingo, 13, o primeiro Santuário de Irmã Dulce, em Salvador, foi o ponto alto. Mas o local estava cheio já quando o dia nasceu. Devotos do “Anjo Bom da Bahia” se reuniam em vigília desde a noite de sábado, 12.

Emoção e alegria tomavam conta do ambiente a cada vez que o nome de Maria Rita Lopes Pontes era citado no telão local. Estava presente a sergipana Claudia Santos, de 50 anos, cuja recuperação após a hemorragia no parto do segundo filho é apontada como o primeiro milagre de Santa Dulce. “Estou aqui desde as 20 horas. Eu não poderia deixar de vir. A emoção é muito grande de relembrar tudo aquilo que passou, hoje a minha fé é muito maior”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo. “Depois do que passei, vi que nós realmente não somos nada.”

Claudia viajou para a Bahia acompanhada de Ana Lúcia Aguiar, de 55 anos, que esteve diretamente ligada ao processo de beatificação da brasileira. Natural do Ceará, ela conta que conheceu Irmã Dulce durante um período que morou em Salvador. “Quando meu primeiro filho tinha 1 ano e 8 meses, eu passei por um momento difícil com ele, por causa de um acidente doméstico”, diz, atribuindo a resolução à intervenção divina. Anos depois, ela tocou as mãos de Irmã Dulce em seu leito de morte, e ligou os dois fatos.

Ana Lúcia passou os anos seguintes difundindo as obras da freira baiana por onde passava. E foi a responsável por apresentar o milagre operado em Claudia à comissão das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) que buscou a canonização. Já a enfermeira Gildete Brasil, de 76 anos, estudou nas Osid. “Eu tive o prazer de fazer meu curso de Enfermagem com ela (Irmã Dulce), nos anos de 1967 e 1968. Ela abraçava as pessoas, os doentes, conversava, beijava”, disse, emocionada. “Ela pegava os doentes no Largo de Roma e levava para o hospital dela, que era simples, bem diferente desse hospital enorme que é hoje.”

De acordo com dom Marco Eugênio, bispo auxiliar da arquidiocese de Salvador, o decreto apenas “torna oficial” o que já era uma realidade para o povo baiano. “Este santuário só foi colocado em nome de Nossa Senhora da Conceição por uma questão de não poder ter o nome de uma beata”, explicou. Para muitos fiéis, a auréola posta na imagem pelo frei João Paulo completou esse processo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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