Novo partido busca apoio nos movimentos sociais

Brasília – A senadora Heloísa Helena (sem partido-AL) disse ontem que o Partido Socialismo e Liberdade (P-Sol) não vai correr atrás de parlamentares para crescer nacionalmente e que pretende buscar apoio nos movimentos sociais. Se conseguir o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido deve lançar Heloísa para concorrer à presidência da República em 2006.

Heloísa afirmou que qualquer parlamentar de esquerda será bem recebido no partido, mas afirmou que o P-Sol não vai “derramar uma gota de suor” para correr atrás de parlamentares. Ainda segundo ela, não são bem-vindos ao partido os capitalistas, os neoliberais, a terceira via cínica, os racistas, homofóbicos e machistas.

“O Parlamento é uma trincheira a serviço da classe trabalhadora, mas há muita vida fora do Parlamento. O importante é o apoio da população”, disse Heloísa.

O partido espera conseguir até o fim do ano as 438 mil assinaturas necessárias para o registro definitivo do partido no TSE. O P-Sol precisa de no mínimo o equivalente a 0,5% dos eleitores em pelo menos nove estados para conseguir o registro. As assinaturas não precisam ser de filiação, mas sim, de apoio à criação do partido.

A deputada Luciana Genro (RS) disse que o partido é a “verdadeira oposição ao governo Lula”, já que, em sua opinião, PSDB e PFL não são oposição de verdade porque respaldam as políticas dos ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e da Agricultura, Roberto Rodrigues, e no caso do salário-mínimo recorrem à demagogia eleitoral.

O programa do partido foi aprovado no fim de semana em encontro realizado em Brasília e agora vai para o site do partido para ser construído, segundo os formadores do P-Sol, que reúne, além de Heloísa, Luciana e João Fontes, o deputado João Batista Babá (PA). Na semana que vem, eles vão publicar o programa aprovado e o estatuto do P-Sol no Diário Oficial da União.

Entre as principais bandeiras do novo partido estão a moratória da dívida externa, a desmontagem da dívida interna com os bancos, a não-criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e a revisão das privatizações.

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