O aumento no número de casos suspeitos de influenza A (H1N1) no Brasil, de 7 para 14 desde ontem, é resultado, sobretudo, de critérios mais rígidos adotados pelo governo para acompanhar pessoas com febre, tosse, que vieram do Exterior. “Como o número de locais com casos confirmados está se expandindo, resolvemos ampliar a sensibilidade “, explicou o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. Houve também aumento do número de casos sob investigação no período: de 37 para 41.

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Com novos critérios, foram notificados até as 9h30 de hoje um caso suspeito no Espírito Santo, quatro no Rio, três em Minas e seis em São Paulo. A partir de hoje passaram a ser monitorados todos os pacientes que apresentam sintomas compatíveis com a doença, mesmo que tenham vindo de países onde ainda não tenha sido confirmado nenhum caso de H1N1.

Ainda pelos novos critérios, começaram a ser considerados suspeitos – e, assim, candidatos ao uso de medicação para doença – pessoas com sintomas de influenza procedentes de países com casos confirmados. Até sexta, somente recebiam esse tipo de classificação pessoas procedentes de Estados ou região onde a doença tivesse sido confirmada. “Se uma pessoa procedente de uma área dos Estados Unidos sem infecção confirmada chegasse ao País com sintomas de influenza, até sexta-feira ela não seria considerada suspeita. Isso mudou. Agora, basta vir do país”, explicou.

Hage voltou a afirmar que não há evidências de circulação do vírus no País. O governo aguarda a chegada de um kit de diagnóstico, doado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para fazer testes com material coletado dos pacientes suspeitos. Somente então os casos poderão ser confirmados.

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Segunda-feira, na Opas de Brasília, uma reunião deverá ser realizada entre técnicos brasileiros e de países da América Latina para traçar estratégias conjuntas de combate e prevenção à epidemia. Durante a reunião, poderá ser acertado também detalhes de um encontro entre ministros de saúde da região para discutir o tema – ideia defendida pelo ministro José Gomes Temporão. Hoje o Ministério encaminhou a distribuição de 700 mil folders com informações sobre o H1N1 para ser entreguem em 15 aeroportos do País.