São Paulo – Com o fracasso das negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), que integraria todos os países das Américas, com exceção de Cuba, os entendimentos em torno do mercado do etanol são considerados por Washington uma retomada de esforços em direção ao entendimento regional.

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Outra questão que certamente estará em pauta nas discussões encabeçadas por Bush e Lula é a cooperação bilateral na área de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico em relação ao combustível.

O Brasil, por exemplo, tem especial interesse em participar de pesquisas que buscam simplificar a extração de etanol a partir da celulose, o que permitiria aos produtores brasileiros extrair álcool do bagaço e da palha da cana-de-açúcar, e não somente do caldo da cana, como ocorre hoje. Além disso, a parceria pode gerar novas tecnologias que tornem a extração do etanol mais produtiva.

Estados Unidos precisam do Brasil, diz ministro Furlan

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Brasília (AE) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, deu o tom da posição brasileira nas negociações com presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para a redução da sobretaxa imposta pelo governo americano ao etanol produzido no Brasil. Segundo ele, ?no fundo? os Estados Unidos precisam do Brasil para implementar o seu programa de combustíveis renováveis. O ministro destacou ainda que o Brasil vai ter o mercado mundial que quiser para vender etanol.

Furlan minimizou as resistências do governo americano em reduzir a sobretaxa ao etanol brasileiro, manifestando confiança numa negociação favorável. ?Governos não negociam através dos jornais, queremos negociar numa mesa, numa sala fechada?, afirmou Furlan ontem, depois de participar de um café da manhã com o presidente da Alemanha, Horst Köhler.

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