O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse nesta sexta-feira (28) que deverá lançar em 1º de maio, Dia do Trabalho, a nova carteira de trabalho. O documento virá acompanhado de um cartão magnético contendo um chip que armazena todas as informações sobre a vida profissional do titular.
Embora o processo de licitação do documento ainda não tenha terminado, Lupi já adiantou algumas das características na nova carteira de trabalho: ela voltará a ter sua cor original, o azul e terá uma marca d’água semelhante à existente nos passaportes. "Ela será aceita como um documento de identidade por todos os países com os quais o Brasil tem relações diplomáticas", disse.
De acordo com o ministro, o custo de confecção da nova carteira de trabalho e do cartão magnético será menor que o valor gasto pelo governo para produzir o atual documento. "É algo inovador. Vocês vão se surpreender", garantiu Lupi. Segundo ele, já há governos estrangeiros interessados em conhecer detalhes do projeto para também aplicá-lo em seus países.
Caged
Lupi comemorou os dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que apontaram nesta quinta-feira (27) o mais alto patamar de formalização do mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do País desde o início da série histórica do IBGE, em março de 2002. "O que o IBGE falou ontem, eu falei há um mês", afirmou, após participar de reunião com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) em que foram discutidas propostas para uma reforma trabalhista.
O ministro destacou que as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) já apontavam a criação de 350 mil empregos com carteira assinada nos dois primeiros meses deste ano (em números exatos, 347.884).
Lupi não revelou números a respeito da próxima divulgação do Caged, mas adiantou: "Eu sei que será melhor que o resultado de fevereiro". Naquele mês, quase 205 mil novos postos de trabalho com carteira assinada foram criados, um número recorde para o período. A expectativa de Lupi é de uma criação entre 1,8 milhão e 2 milhões de empregos em 2008. No ano passado, de acordo com dados da Caged, 1,6 milhão de vagas formais foram abertas.