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  Agência Brasil
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Marcos Valério vai enfrentar um
batalhão de outros acusados.

Brasília – A CPI do Mensalão aprovou ontem requerimento para acareação de Marcos Valério Fernandes de Souza com a diretora financeira da agência SMP&B, Simone Vasconcelos, o assessor do PP, João Cláudio Genu, o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, o ex-tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri, o ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, o ex-diretor financeiro do Ministério dos Transportes, José Luiz Alves e o ex-presidente da Casa da Moeda, Manoel Severino dos Santos.

De acordo com o autor do requerimento, deputado Ibrahim Abi-Akel (PP-MG), a acareação é importante para definir qual das listas de recebedores das contas de Marcos Valério é verdadeira. "Quem entregou nos valores em dinheiro diz que entregou tal quantia. Quem recebeu, diz que recebeu, mas as quantias não batem", disse. Tanto Marcos Valério quanto Simone Vasconcelos apresentaram à CPI listas diferentes de sacadores das contas do publicitário no Banco Rural.

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A comissão se reúne para apreciar e votar mais de 200 requerimentos. Ainda nesta quarta-feira, os parlamentares devem ouvir José Luiz Alves, que foi diretor financeiro do Ministério dos Transportes na gestão de Anderson Adauto. Ele aparece na lista de beneficiários dos recursos repassados pelo empresário Marcos Valério.

Dívida

Em depoimento na CPI do Mensalão, o ex-diretor financeiro do Ministério dos Transportes José Luiz Alves admitiu que sacou R$ 200 mil das contas do empresário Marcos Valério de Souza. José Luiz, no entanto, é acusado de ter sacado R$ 1 milhão entre junho de 2003 e janeiro de 2004. Ele disse que fez quatro saques a pedido do então ministro dos Transportes, Anderson Adauto. O dinheiro, segundo José Luiz, destinava-se ao pagamento de dívidas da campanha de Adauto à Câmara dos Deputados em 2002.

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Segundo o ex-diretor, Adauto procurou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e pediu ajuda para pagar contas de sua campanha a deputado federal pelo PL, em 2002. Delúbio, então, teria orientado Valério para que providenciasse o dinheiro. José Luiz afirmou, inclusive, que toda a movimentação estava registrada no Imposto de Renda do ex-ministro. Os parlamentares da comissão, porém, argumentaram que não é possível fazer o registro de dívidas de campanha no IR. O prefeito de Uberaba e ex-ministro dos Transportes, Anderson Adauto (PL), admitiu ontem, por meio da assessoria, que recebeu entre "R$ 150 mil e R$ 200 mil" das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. Adauto endossou as afirmações à CPI do Mensalão do atual secretário de Governo da Prefeitura de Uberaba, José Luiz Alves.