A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul recebeu 29 notificações de pessoas que relataram problemas como irritações e lesões da mucosa da boca depois de ingestão do achocolatado Toddynho entre a quinta-feira da semana passada (29/09) e hoje. As cidades com mais casos são Porto Alegre, com nove, e Gravataí, na região metropolitana da capital gaúcha, com seis. As outras 14 notificações foram feitas em dez municípios de diversas regiões do Estado.

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Algumas amostras entregues às equipes de vigilância sanitária foram encaminhadas para análise do Laboratório Central do Estado (Lacen). O único resultado disponível é o do primeiro teste e foi divulgado na sexta-feira passada. Ele mostra que o PH do produto era de 13,3, alcalino, equivalente ao de produtos de limpeza como soda cáustica e água sanitária, e considerado muito alto para alimentos, que tem valores próximos a 7.

Os consumidores que notificaram problemas já estão bem. Em tese, a ingestão de produtos com pH alcalino pode até provocar situações mais graves em todo o aparelho digestivo. “Mas depende da quantidade do alimento, do tamanho da pessoa e do estado de saúde dela”, ressalva a coordenadora de Vigilância de Alimentos da Secretaria Estadual da Saúde, Susete Lobo Saar.

Desde a detecção do problema, a venda do Toddynho está suspensa no Rio Grande do Sul. Os comerciantes foram orientados pela Vigilância Sanitária a tirar o produto das prateleiras. A empresa Pepsico, detentora da marca, admite “alteração de qualidade” de um lote de 80 unidades de 200 mililitros do achocolatado e informa que suas equipes já retiraram a maioria das caixinhas de circulação. A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul afirma que alguns dos consumidores que notificaram seus casos informaram terem consumido produtos de outros lotes, que ainda não foram analisados. E orienta quem tem o achocolatado em casa a aguardar que a investigação indique quais os lotes adequados e inadequados ao consumo.

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