As regras para a propaganda de medicamentos ficarão mais rígidas dentro de seis meses, quando entra em vigor resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além de limites para peças publicitárias, a norma regulamenta a relação entre médicos, indústria farmacêutica, farmácias e pacientes: brindes não serão mais permitidos, profissionais não poderão receber financiamentos para participar de eventos e congressos como recompensa por prescreverem determinados produtos.
Patrocínio de eventos científicos está liberado, desde que a Anvisa seja previamente comunicada. A expectativa é de redução do abuso de medicamentos e de acidentes provocados pelo uso incorreto de drogas. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Toxicológicas, a cada 42 minutos uma pessoa é intoxicada por remédios no País. “Esperamos que críticos não venham afirmar que as regras afetam a liberdade de opinião”, afirmou ontem o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
A propaganda na TV sofrerá alterações. Atores, por exemplo, não poderão “recomendar” o uso de determinadas drogas. O diretor do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila, aprovou as alterações. “Havia muitos abusos. Médicos gratificados com viagens pela prescrição de medicamentos, distribuição de três cápsulas de determinada droga como amostra grátis para obrigar o paciente a comprar o medicamento evitando, assim, a opção pelo genérico.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.