Foto: Arquivo |
Norma Bengell: investigada. |
Rio – A procuradora federal Neide Cardosa aguarda inquérito da Polícia Federal para decidir se denuncia a atriz e diretora de cinema Noma Bengell pelos crimes de lavagem de dinheiro e crimes contra a ordem tributária e financeira. Ela foi indiciada pela Delegacia Fazendária da superintendência do Rio por conta de supostas irregularidades na compra de um apartamento na Lagoa Rodrigo de Freitas, endereço nobre da zona sul, em 1996.
Segundo a Polícia Federal, Norma comprou o imóvel de 380 metros quadrados em maio de 1996 e pagou R$ 260 mil, valor considerado muito abaixo do de mercado. Na época, uma apartamento com vista para a Lagoa estava avaliado em R$ 1,1 milhão. Dois anos depois, o imóvel foi vendido para uma offshore uruguaia, a Vryburg Finance Sociedade Anonima, cujo representante legal no Brasil era o advogado Roberto Edward Halbouti. Em 2000, o apartamento voltou a ser negociado. Dessa vez, alcançou o preço de R$ 1,6 milhão.
?O que chama a atenção é que o imóvel foi comprado pela diretora logo depois de ter terminado a captação financeira do filme O Guarani, cujas contas estão sob suspeita. Também é muito estranho que Halbouti seja o representante da empresa uruguaia. O nome dele aparece nos créditos do filme como consultor jurídico. Seria, no mínimo, muita coincidência?, afirmou um policial federal que participou das investigações.