Entre final de março e começo de abril, o Laboratório Sismológico do Nordeste (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte registrou terremotos no Ceará, Rio Grande do Norte e na cadeia meso-oceânica do Atlântico com repercussão nos Estados de Pernambuco, Bahia, Maranhão e Rio Grande do Norte.
Os maiores tremores aconteceram neste último local, que fica a 250 quilômetros do arquipélago São Pedro e São Paulo e a 775 quilômetros da ilha de Fernando de Noronha. O último foi verificado nesta quarta-feira (3) numa magnitude de 4,9 graus com epicentro a 1.150 quilômetros de Natal (RN). O terremoto, segundo os pesquisadores do LabSis, aconteceu dentro da Zona Econômica Exclusiva do Brasil.
Também na quarta-feira (3) a terra tremeu por duas vezes em Pedra Preta (RN). Os tremores foram de 1,2 e 1,9 grau. O LabSis revelou que “em princípio, isso seria uma situação normal pois a atividade sísmica em Pedra Preta se faz presente, de forma continuada, desde 2010. No entanto, os sismos desta quarta-feira não estão na mesma área epicentral”. Segundo os pesquisadores, “a nova área epicentral está bastante mais próxima da cidade de Pedra Preta que a anterior (antes era de 13 quilômetros e agora de oito quilômetros).
Isso, conforme os estudos do LabSis, “significa que, se novos tremores, com a mesma magnitude dos anteriores, vierem a ocorrer eles serão mais fortemente sentidos em Pedra Preta”. No Rio Grande do Norte também foram registrados abalos em Cero Corá e Parazinho.
No Ceará, os últimos tremores aconteceram em Sobral, Maruoca, Alcântaras e Paramoti. Na Região de Sobral, os abalos, que acontecem desde 2008 com frequência, variaram de 1,7 a 2,9 grau. Ali há uma fenda geológica chamada de Riacho Fundo. Em Paramoti, em 1º de abril, aconteceu um terremoto de magnitude 1,9 grau. Em todos os registros, houve apenas pequenos danos materiais.