A saúde (3,2) e a segurança (3,6) são os serviços públicos de pior qualidade, de acordo com a percepção dos moradores das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

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Em uma escala de 0 a 10, os moradores deram nota 3,2 para os serviços de saúde pública e 3,6 para os serviços de segurança pública. A pesquisa avaliou também a qualidade do transporte (4,7), das universidades (4,6) e de escolas e creches (4,6).

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Segundo a FGV, a Sondagem de Serviços Públicos foi realizada em dois momentos, antes da Olimpíada do Rio de Janeiro, em junho e julho de 2016, e logo após o evento esportivo, em outubro e novembro do mesmo ano.

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“Depois das Olimpíadas houve ligeira melhora na avaliação da qualidade de todos os serviços, um efeito temporário, considerando a melhora do ânimo da população com o sucesso da realização do evento. Diferente foi a avaliação sobre o transporte, que teve ganhos reais no Rio de Janeiro, especificamente no local de investimentos de obras de infraestrutura”, destacou Viviane Seda Bittencourt, responsável pelo estudo e coordenadora da Sondagem de Bem-Estar do Ibre/FGV, em nota oficial.

Os paulistanos mostraram maior satisfação do que os cariocas com a qualidade dos serviços prestados em suas cidades, tanto antes como depois da Olimpíada. No Rio, a nota média geral na primeira etapa da pesquisa foi de 3,2 e, na segunda, de 4,0. Em São Paulo, a média da qualidade dos serviços ficou em 3,9 no primeiro levantamento e em 4,3 na segunda fase.

Os entrevistados foram questionados ainda sobre aspectos da vida urbana nas regiões da cidade. São Paulo ficou à frente do Rio em oito dos 10 quesitos avaliados, perdendo apenas em qualidade do ar e infraestrutura para a prática de esportes.

“Nessa comparação, as notas de antes e depois das Olimpíadas quase não se alteraram. Aparentemente uma diferença estrutural, considerando as características de cada cidade”, completou Viviane.