No Rio, Waldomiro perde de 61 a 0

Rio – Por 61 votos a 0, a Assembléia Legislativa do Rio aprovou a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades na Loterj durante a gestão de Waldomiro Diniz na sua presidência e no Rio Previdência, fundo de aposentadoria e pensões do funcionalismo fluminense. A Casa rejeitou as emendas do PT para separar os dois objetos em duas CPIs distintas, mas até os petistas votaram no projeto de criação da comissão. Os deputados começarão a trabalhar nas investigações a partir de hoje.

O deputado Alessandro Calazans (PV), presidente da CPI, já convocou uma reunião para as 10h30 desta quarta-feira. Às 14h será realizada a cerimônia de abertura da comissão. Calazans já deixou claro que estratégia de silêncio usada por Waldomiro em seus depoimentos à Polícia Federal pode ser desastrosa para o ex-assessor da Presidência da República. “Acho que vai ser um ato preocupante se ele fizer isso (se recusar a responder perguntas). Todos aqueles que são convidados para uma CPI para prestar depoimentos não podem se negar a falar sob pena de prisão”, disse Calazans a jornalistas.

A abertura da CPI foi impulsionada pela reportagem da revista Época que divulgou fita de vídeo na qual Waldomiro pede ao empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, em 2002, dinheiro para si próprio e recursos para as campanhas de Benedita da Silva (PT, então governadora do Rio e candidata à reeleição), Rosinha Matheus (PMDB, atual governadora do Rio e então candidata pelo PSB) e Geraldo Magela (PT, então candidato ao governo do Distrito Federal).

Waldomiro foi subchefe de assuntos parlamentares da Presidência da República, subordinado ao ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Ainda sem datas definidas, a CPI também deve chamar para depor Ramos -conhecido como Carlinhos Cachoeira – e Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança Pública do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

O próprio Soares disse, em entrevista veiculada na mídia na semana passada, que alertou dirigentes petistas sobre supostas irregularidades na atuação de Waldomiro à frente da Loterj, já em 2002.

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