No Rio, 161 são presos por urinar na rua

Desde sábado, o Choque de Ordem imposto pelos agentes da Secretaria Especial de Ordem Pública (SEOP) da Prefeitura do Rio levou para as delegacias da cidade 161 foliões sob a acusação de urinar na via pública. Como nos dois fins de semana anteriores outras 62 pessoas tinham sido presas na mesma situação, já chegam a 223 os detidos e autuados em flagrante pelo mesmo motivo. Do total, oito eram mulheres.

Todos os presos por urinar nas ruas têm sido autuados na Polícia Civil e, depois, liberados. Responderão criminalmente por ato obsceno (artigo 233 do Código Penal), cuja penalidade (três meses a um ano de detenção), em caso de condenação, acaba convertida em prestação de serviços à comunidade. O maior problema, além do aborrecimento com a perda de tempo em pleno carnaval, é que a condenação implica perda da primariedade. Ou seja, se o processo transitar em julgado por todas as instâncias e a sentença condenatória for mantida, o cidadão deixa de ser réu primário, o que pode criar dificuldades futuras, até mesmo na busca de empregos públicos, que exigem ficha limpa.

Apesar da forte repressão desencadeada este ano pela Prefeitura e do aumento do número de banheiros químicos espalhados pela cidade pela cervejaria que ganhou direito a patrocinar o carnaval de rua do Rio, ainda é forte o cheiro de urina em muitas ruas. Como os blocos têm atraído milhares de pessoas, os banheiros são poucos e sua a limpeza é deficiente e o odor desagradável é mais forte nas proximidades dos sanitários públicos.

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