Das 1.549 operadoras de planos de saúde em atividade no Brasil, 38 detêm 50,2% dos 42,8 milhões de beneficiários. Duas delas atendem a 10,3% dos clientes de todo o País. A concentração no mercado de planos privados aumenta na medida em que empresas encerram atividades – entre 2004 e 2009, o número de operadoras com registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) caiu 22%. Esses dados fazem parte do boletim sobre o desempenho do setor em 2009 que a ANS divulgou ontem. No ano anterior, 43 empresas detinham 50,9% dos clientes.

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Para a advogada Juliana Ferreira, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a concentração do mercado prejudica os beneficiários, por conta da redução da concorrência. “É importante intensificar a regulação por parte da ANS”, afirmou.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, o aumento da concentração era esperado. “É um mercado de risco. As empresas precisam de muitos associados para fazer frente à receita limitada e os custos altos”, afirmou.

Segundo ele, a concentração é ainda maior, pois há operadoras que compraram concorrentes, mas continuam atuando com as duas marcas. “Achamos péssima a concentração. Pequenas e médias empresas regionais, que têm custos menores, devem ser preservadas.”

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