Embora úteis, indicadores de produtividade e impacto científico ignoram outros aspectos da vida acadêmica. Parcerias internacionais e a publicação de artigos de leitura gratuita também são importantes, embora não se traduzam, necessariamente, em citações ou publicações.

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Na igualdade de gênero, a campeã é a Estadual de Maringá (UEM), em que 54% dos artigos são assinados por pesquisadoras. É a segunda no mundo no quesito, atrás apenas da Universidade Médica de Lublin, na Polônia. Em Maringá, o porcentual é alto mesmo em Física e Engenharia.

Uma das responsáveis por isso é a física Francielle Sato, na UEM desde o início da graduação, em 1999. Ela conta que, na sua turma, de 60 calouros, se formaram apenas seis – quatro mulheres, proporção rara na época. Segundo Francielle, uma das grandes dificuldades é conciliar a carreira com papéis sociais que ainda recaem sobre elas, como o cuidado com os filhos.

De licença para cuidar de gêmeos, Francielle produz artigos de casa. A preocupação é que, fora da universidade, seus índices de produtividade caiam.

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A solução, diz, passa por políticas de apoio. Este ano, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência federal, permitiu que pesquisadores registrem licenças de maternidade e paternidade no currículo Lattes.

O estímulo de colegas e a representatividade também ajudam. “Muitas alunas se inspiram quando veem que sou mulher, mãe e ainda assim publico.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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