O movimento no saguão do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, é tranqüilo. Mas as filas são grandes nos balcões das duas principais companhias aéreas que operam no país: TAM e Gol.
Segundo a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), entre a meia noite e às 9 horas desta sexta (22), dos 17 vôos programados, sete tiveram atraso de mais de uma hora. Ou seja, 41,1% do total programado.
Apenas um vôo foi cancelado. A Infraero diz que o cancelamento ocorreu porque a aeronave ficou retida em São Paulo e não chegou a decolar para Brasília.
O comerciante Zelito de Oliveira e sua mulher Eliane de Oliveira, que é técnica de enfermagem, estão indo passar o final-de-semana em Belo Horizonte (MG). A partida estava marcada para às 7h10, mas, devido a um atraso, a previsão era que decolasse às 9h30.
"O governo está demorando para solucionar o problema. Na verdade, acho que há uma briga entre o governo e os controladores de vôo. Acho que eles [controladores] realmente têm razão nas reivindicações, porque é uma coisa antiga: ganham mal, trabalham demais e a aparelhagem toda está obsolta".
Por razões profissionais, ele viaja pelo menos duas vezes ao mês de avião. "São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador. Para onde você for, encontra atraso. Já é corriqueiro, e o passageiro fica refém".