O Sistema Cantareira, considerado o principal manancial de São Paulo, registrou sua 25ª queda seguida nesta quarta-feira, 26, de acordo com boletim divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Durante esse período, todos os outros sistemas hídricos também perderam volume de água represada.
De acordo com o índice tradicional da Sabesp, o Cantareira opera com 15,9% da capacidade, já considerando duas cotas de volume morto. O valor é 0,1 ponto porcentual menor do que no dia anterior, quando o sistema estava com 16%. A contar do início da série negativa, o manancial já perdeu 2,8 pontos de água acumulada nos reservatórios.
A pluviometria registrada na região foi de 5,1 milímetros nas últimas 24 horas. O volume acumulado de chuvas, no entanto, está abaixo da expectativa. Faltando seis dias para o fim do mês, foram apenas 15 mm, ante uma média histórica de 34,4 mm.
A última vez que o Cantareira registrou alta foi no dia 27 de julho, quando subiu de 18,8% para 18,9%. Antes, os reservatórios que compõem o sistema já haviam passado um mês sem aumentar o nível de água represada.
No cálculo negativo, o Cantareira também caiu 0,1 ponto porcentual e está com -13,4%. Queda semelhante foi registrada no terceiro índice do sistema, que aponta o manancial com 12,3%, contra 12,4% no dia anterior.
Outros mananciais
Atualmente responsável por atender o maior número de habitantes de São Paulo (5,8 milhões), o Guarapiranga completou 30 dias seguidos só registrando baixas. O sistema acumula 68,4% do volume armazenado de água – 0,1 ponto porcentual a menos do que no dia anterior. Antes da sequência negativa, o manancial estava com 77,1%.
Em crise ainda mais severa, o Alto Tietê chegou a 14,4% do volume armazenado, já considerando 39,4 bilhões de litros de água de uma cota de volume morto. No dia anterior, o índice era de 14,6%. Essa foi a 28ª baixa seguida do manancial.
O Sistema Alto Cotia sofreu variação negativa, caindo 0,3 ponto porcentual. Com a baixa, os reservatórios do sistema passaram de 54,2% para 53,9%. Rio Grande caiu de 82,5% para 82,2% e o Rio Claro teve a maior variação negativa – de 61,2 para 60,8%.