Foto: Gervásio Baptista/Agência Brasil |
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Fernando Haddad admite que qualidade do ensino é baixa?. |
O desempenho dos alunos da quarta série do ensino fundamental em 2005 melhorou em relação aos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) aplicado em 2003. A média em português passou de 167 para 172 e em matemática de 174 para 180. Os resultados da primeira edição da Prova Brasil foram divulgados ontem pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. A avaliação foi criada para medir o desempenho dos alunos de quarta e oitava séries do ensino fundamental. Para os alunos de oitava série, os resultados de matemática mantiveram-se no mesmo patamar – 237. Em português, a média recuou de 225 para 222.
A Prova Brasil avaliou todas as escolas públicas estaduais e municipais urbanas do País. As médias obtidas estão dentro de uma escala de 125 a 350 para português e de 174 a 179 para matemática. Submeteram-se aos testes mais de 3 milhões de estudantes. O Distrito Federal teve a maior média – 190,4 pontos. As piores médias ficaram com os estados de Alagoas e Rio Grande do Norte – 154,8 e 148,6, respectivamente.
Os resultados do Prova Brasil significam uma inversão de tendências, na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad. Segundo ele, desde que a qualidade da educação no País começou a ser medida, os números apresentados eram preocupantes porque revelavam uma queda contínua na qualidade do ensino.
Para Haddad, o avanço pode ser reflexo dos investimentos na área, como a destinação de R$ 3 bilhões a mais em salário educação para estados e municípios no comparativo 2006/2002. ?Estamos longe de ter um ensino adequado no País. Mas nós temos condições para comprometer a comunidade escolar com metas seguras de qualidade na educação?, afirmou.
De acordo com o ministro, as avaliações possibilitam que cada escola defina metas e desenvolva um projeto pedagógico comprometido com esses objetivos. ?Se todas as escolas melhorarem 6, 7 ou 8 pontos a cada edição do Prova Brasil podemos atingir uma quadro educacional melhor do que temos hoje?, disse.
