O Sistema Guarapiranga, atualmente responsável por garantir o fornecimento de água ao maior número de pessoas na capital paulista e na Grande São Paulo, completou dez dias de aumento consecutivo no volume de água armazenada, segundo boletim divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) neste domingo, 12. Já o volume de água no Sistema Cantareira, considerado o principal manancial de São Paulo em função de sua capacidade de armazenamento, voltou a cair após dois dias de estabilidade.
O Guarapiranga, que abastece 5,8 milhões de habitantes, opera neste domingo com 78,6% da capacidade, alta de 0,1 ponto porcentual em relação aos 78,5% registrados ontem. Antes de iniciar a recente sequência positiva, o manancial havia ficado 51 dias sem ganhar volume de água represada e atingido a marca de 74,7% da capacidade de armazenamento de água.
Nas últimas 24 horas, a pluviometria sobre o sistema foi de 3,4 milímetros e o acumulado do mês subiu para 64,6 mm. Já na primeira semana de julho, o nível de chuvas no Guarapiranga havia superado a média histórica para o mês, que é de 42,1 mm.
No Sistema Cantareira, responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, a situação é oposta. O nível de água armazenada caiu de 19,6% ontem para 19,5% hoje, a primeira queda após dois dias de estabilidade. Sobre a região, a pluviometria do dia foi de apenas 1,7 milímetro. No mês, o indicador alcança 21,8 mm, o equivalente a 43,6% da pluviometria média para meses de julho.
O nível de água do Cantareira é medido também em outros dois índices. No primeiro deles, o nível de água do sistema ficou estável em 15,1%. No segundo, o qual leva em consideração o volume armazenado dividido pelo volume útil somado às duas cotas da chamada reserva técnica, a situação apresentou leve deterioração no último dia: caiu de -9,7% para -9,8%.
Os dados divulgados pela Sabesp apontam queda no volume de água armazenada em mais três sistemas: Alto Tietê, Rio Grande e Rio Claro. No Sistema Alto Cotia, o nível dos reservatórios apresentou recuperação.
Considerado o sistema com a situação mais preocupante, depois do Cantareira, o Alto Tietê viu o nível de água armazenada cair de 20,3% para 20,2%. O índice leva em conta uma cota de volume morto, com 39,4 bilhões de litros de água, adicionada em dezembro passado.
A pluviometria foi de 1,9 mm nas últimas 24 horas. No mês, as chuvas sobre o reservatório acumularam apenas 28,5 mm, pouco acima da metade da média histórica registrada em meses de julho.
O baixo volume de chuvas entre sábado e domingo também provocou a queda no nível de água armazenada nos sistemas Rio Grande e Rio Claro. No primeiro, o indicador caiu de 92,7% para 92,5%. No Rio Claro, a variação foi de 74,1% para 74%.
No sistema Alto Cotia, por outro lado, houve grande concentração de chuvas e, com isso, o nível dos reservatórios subiu de 66% para 66,4%. Em apenas um dia, a pluviometria na região foi de 6,2 mm. No mês, o número chega a 64 mm, já superior à média histórica de 53,4 mm para meses de julho.