Os 20 neurocirurgiões que trabalham para a Secretaria Estadual da Saúde, no Hospital Geral do Estado e na Unidade de Emergência de Arapiraca, ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado a partir de hoje. Com a greve, cerca de cem pessoas poderão ficar sem atendimento por dia nas duas principais unidades de emergência do Estado. Os médicos reivindicam a regulamentação da relação de trabalho com o Estado, com a contratação da Cooperativa dos Neurocirurgiões de Alagoas.

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A proposta deles vem sendo discutida com o governo desde o início do ano, quando os neurocirurgiões pediram demissão coletiva do Estado e criaram a cooperativa. Como as negociações não avançaram, a categoria ameaçou parar suas atividades no carnaval e nas festas juninas, mas recuou para não prejudicar a população. Além disso, a Justiça tinha declarado a ilegalidade da greve, concedendo liminar ao governo, impedindo que a categoria paralisasse suas atividades.

No entanto, no dia 20 de outubro, o magistrado da Justiça Estadual Klever Loureiro, alegando a precariedade da relação de trabalho entre os neurocirurgiões e o Estado, suspendeu a liminar. Nessa oportunidade, os médicos deram um prazo de 30 dias ao governo para a assinatura de um contrato com a cooperativa. “Esse prazo se esgotou no dia 20 de novembro, o governo pediu mais 10 dias, para assinar o contrato e publicá-lo no Diário Oficial. O prazo se esgotou de novo, no dia 30 de novembro, e o governo não se posicionou. Por isso, decidimos parar”, afirmou Fabrício Avelino, presidente da cooperativa.

Pela manhã, o secretário estadual de Saúde, Herbert Motta, convocou uma reunião com a cooperativa, e os neurocirurgiões suspenderam temporariamente o início da greve. Avelino afirmou que os plantões estão funcionando normalmente, mas se as negociações não avançarem, poderão parar a qualquer momento.

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