Nem o PSDB foi tão cínico ao barrar a CPI, diz Luiz Francisco

São Paulo

– O procurador da República Luiz Francisco de Souza, notório aliado do PT na oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso, está desiludido com o que ele chama de governo “neoliberal” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à revista Opinião Socialista, do esquerdista PSTU, ele critica o “cinismo” do PT ao não indicar nomes para a CPI do caso Waldomiro, acusa o ministro da Casa Civil, José Dirceu, de transformar a CPI do Banestado em “morta viva” e diz que a política econômica do ministro da Fazenda Antônio Palocci é “genocida” por não dar um calote na dívida externa e no FMI. Luiz Francisco imagina que o PT e o PSDB fizeram um acordo no ano passado para engavetar duas CPIs: a do cartão de saúde, que, segundo ele, poderia atingir o ex-ministro da Saúde, José Serra, e a de Santo André, para investigar a morte do prefeito Celso Daniel. Segundo o procurador, a articulação do governo para barrar a CPI do Waldomiro se insere nesta estratégia. Ele acha que o governo está fazendo um “loucura” ao impedir as investigações parlamentares sobre o ex-assessor de Dirceu. “Nem os tucanos nesse ponto chegaram ao grau de cinismo de querer impedir uma CPI, quando tinha assinaturas pra isso. Se a tese vingar, não vai ter mais CPI. É uma tese obscena”, afirma.

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