Nelson Jobim mostra novo desenho de conexão de vôos do País

O governo apresentou nesta quinta-feira (2) o novo desenho de como serão realizadas as conexões de vôos a partir de aeroportos que receberão vôos de Congonhas, na capital paulista, com duração de até duas horas. Durante fórum para discutir soluções para a crise do setor aéreo, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, mostrou dados que comprovam que Congonhas estava sendo usado inadequadamente como um distribuidor de vôos domésticos. Ele também anunciou as obras na pista principal do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, para março.

De acordo com o Jobim, o Aeroporto de Brasília vai fazer conexões para as regiões Norte e Centro-Oeste; o de Confins, na região Metropolitana de Belo Horizonte, ligará o nordeste brasileiro; o Antonio Carlos Jobim (Galeão), no Rio, concentrará o Nordeste, além de ligações para as Américas do Norte e do Sul e Europa; o Santos Dumont, também no Rio, só operará a ponte aérea; o de Curitiba, no Paraná, fará conexão com o Sul e Congonhas atenderá vôos sem conexão e do interior de São Paulo.

"Congonhas é claramente um "hub" – distribuidor de vôos – nacional. É um aeroporto porta-avião, não há área de escape", afirmou Jobim. Segundo ele, a ponte aérea responde por 22,98% do tráfego aéreo em Congonhas, Brasília 9,04%, Confins 6,18%, Curitiba 8%, interior de São Paulo 9,93% e outras localidades 43 87%. O ministro disse que dos vôos aprovados para essas outras localidades, 33%, ou 12 cidades, são para a Região Sul; 27% para o Nordeste (3 localidades); 8% para o Norte (3 localidades); outros 8% para o Centro-Oeste (3 localidades) e 24% para o Sudeste (9 localidades).

Viracopos

Jobim afirmou que dos 151 vôos que foram reduzidos em Congonhas, 21 deveriam ser deslocados para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo. No entanto, ele admitiu que esse terminal precisa passar por adaptações, já que é especializado em transporte aéreo de cargas. Dos 33 intervalos de pouso de decolagem (slots) por hora que restaram em Congonhas serão 30 para as empresas de vôos regulares e três para a aviação geral.

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