O Tribunal de Justiça de Sergipe, negou habeas-corpus à bioquímica e farmacêutica Priscilla Rodrigues Ordoñez, acusada de falsificar resultados de exames DNA, presa no Presídio Feminino, em Aracaju, desde a semana passada. De acordo com o Ministério Público estadual, cerca de 50 exames estão sob suspeita e eram facilitados pela farmacêutica para pessoas carentes, através do Programa Paternidade Responsável, mantido pelo Ministério Público e Secretaria de Estado da Inclusão e Desenvolvimento Social.

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A acusada vinha fazendo a coleta do sangue em Aracaju na Clinical Center e não enviava para o Laboratório DNA VIDA em Goiânia, fornecendo os resultados de paternidade aleatoriamente. A promotora de Justiça, Cristina Brandi, acredita que o número de exames falsificados possa ser superior a 56, tendo em vista que esses foram registrados apenas nas comarcas de Aracaju, Canindé do São Francisco, Barra dos Coqueiros, Itabaiana e Boquim.

Priscilla Ordoñez vai prestar depoimento no Ministério Público no próximo dia 19. O pai da farmacêutica, o ginecologista Marlind Ordonez, está sendo acusado de participar do crime. De acordo com depoimentos, ele ajudava nos exames, recebia o dinheiro e passava para a filha. "Essa ação criminosa da farmacêutica está atrapalhando todo nosso trabalho. O pessoal está vindo aqui solicitar novos exames e nós vamos ter que fazer", disse a promotora de Justiça, Cristina Brandi, que apura o caso.

Embora os crimes de falsificação de exames de DNA já tenham sido confirmados, a promotora de Justiça, Cristina Brandi, responsável pelo Projeto Paternidade Responsável, deixou claro que o Ministério Público vai continuar realizando os exames de DNA no mesmo laboratório conveniado. "Fui ao local pessoalmente, junto com o perito do MPE, e não detectamos nenhum problema. Eu mesma fui conferir. Depois foi que me apresentei como promotora de Justiça", declarou a promotora.

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