O Ministério de Minas e Energia decidiu arquivar os processos administrativos disciplinares deflagrados pela Operação Navalha contra dois ex-funcionários do Ministério: Ivo Almeida Costa, que era assessor especial do ex-ministro Silas Rondeau, e José Ribamar Lobato Santana, ex-diretor do programa Luz para Todos, do Governo Federal.
Ambos eram acusados de envolvimento no suposto esquema de desvio de recursos, que foi descoberto pela Polícia Federal, em torno de obras entregues à empreiteira Gautama. A empresa foi pivô do escândalo revelado pela Operação Navalha, da Polícia Federal, que buscou desmontar um esquema de fraudes em licitações de obras públicas, iniciada dia 17 de maio. A denúncia era a de irregularidades em contratos assinados com a empreiteira Gautama em diversos Estados pelo País.
O despacho publicado hoje no Diário Oficial da União, assinado pelo ministro interino, Nelson Hubner, afirma que não foi comprovada a culpabilidade dos ex-servidores. Almeida Costa foi acusado de ter intermediado o suposto pagamento de R$ 100 mil de uma funcionária da Gautama ao então ministro Silas Rondeau. A crise provocou a renúncia do ministro. Parte das obras sob suspeita estavam no programa Luz para Todos, que estavam sob a responsabilidade de Lobato Santana.