O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, defendeu os programas de combustíveis do País, como o do etanol e de biocombustíveis, e advertiu: "o Brasil não pode abrir mão, em hipótese alguma, de defender a sua matriz energética revolucionária já comprovada há 30 anos, que é o etanol e agora o biodiesel".
"Esse é um debate que não temos de ter medo. Nós não vamos aceitar, não vamos aceitar outra vez, o cartel dos poderosos do mundo tentando impedir que o Brasil se desenvolva, tentando impedir que o Brasil se transforme numa grande nação".
As críticas analisadas por Lula vêm por meio de jornais de outros países. O presidente ressaltou que os programas não significam apenas a produção de um novo combustível, mas a geração de empregos, a distribuição de renda sobretudo nos países mais pobres do planeta. "Esse é o desafio que está colocado para a União Européia, para os Estados Unidos e para o Japão. E nesse assunto nós queremos discutir. É bem possível que os nossos adversários continuem levantando coisas contra o Brasil e nós temos de estar preparados".
O presidente disse considerar "engraçada" a cobrança de imposto sobre o álcool brasileiro (no caso os Estados Unidos), "porque eles cobram impostos do nosso álcool, cobram do nosso biodiesel, mas não cobram do petróleo. O que estamos querendo provar é o seguinte: primeiro, eu disse no encontro que era importante olhar a política dos biocombustíveis sem olhar o mapa da Europa. É preciso olhar o mapa do mundo, olhar África, olhar América Latina, para que eles percebam que tem países com potencial de produzir de forma extraordinária para atender aos interesses do mundo. Ou seja, hoje nós temos 20 países que produzem petróleo por 200 países. Com o biodiesel nós vamos poder ter mais de 100 países, ou seja, nós vamos democratizar a produção de combustível no mundo.