Brasília – Ao defender o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores Delúbio Soares, o advogado Arnaldo Malheiros disse que a denúncia contra seu cliente não se sustenta, "pela falta de fatos e de elementos materiais?. Segundo Malheiros, a quebra do sigilo bancário de Delúbio só mostrou que ele é "um homem pobre, homem de vida modesta".
O advogado afirmou que o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, cometeu um equívoco ao acusar Delúbio por formação de quadrilha. ?Não se pode considerar quadrilha associação lícita pré-existente à cometimento de qualquer crime. Não é possível afirmar que os partidos ou as empresas se associaram para cometer crimes?, afirmou.
Segundo Malheiros, a acusação contra Delúbio levou em conta apenas indícios preliminares, o que demonstra ?soberba? do procurador. ?Não pode ser assim, é preciso que [os indícios] sejam factíveis?.
Ao falar da acusação de corrupção ativa, o advogado afirmou que não há provas contra seu cliente. ?As grandes votações que o governo teve foram com votos da oposição. Os partidos da base aliada votaram contra. Portanto, a denúncia é imprestável para dar início a uma ação penal".
Malheiros também citou gráficos do Congresso Nacional que mostram que ?quanto mais dinheiro entrou, menos apoio o governo recebeu?.