‘Não é acionando a Sabesp que vai fazer chover’, diz presidente do TJ

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, afirmou nesta sexta-feira que a população deve ter “juízo” ao levar questões da crise hídrica aos tribunais. Síndicos de prédios e moradores já têm movido processos contra a companhia por problemas de abastecimento de água.

“Não é acionando a Sabesp que vai fazer chover”, disse Nalini, após cerimônia de abertura do ano jurídico na sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, no centro. “Pessoalmente, posso dizer que as pessoas têm que ter juízo e reconhecer que a crise é muito grave.”

O presidente do tribunal paulista ainda afirmou que não sabe “como o Judiciário pretende tratar isso”. Questionado sobre a redução das sessões presenciais na Corte, medida proposta para cortar os gastos de água, Nalini afirmou que não haverá queda de produtividade do Judiciário neste ano. “Não foi a crise da água. O que o tribunal gasta é muito pouco. Foi um gesto simbólico”, afirmou.

De acordo com Nalini, a informatização dos procedimentos no Judiciário facilita essa mudança. “Por que fazer todos os dias uma sessão se o desembargador fez o voto em casa, já mandou pela Internet para o revisor e ele já concordou?”, disse. “O povo precisa saber se prefere o teatro, que façamos as sessões diárias com o custo que ela representa.”

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