Foto: Agência Senado |
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Valdebran: ?Não negociei.? |
Brasília (AE) – Em depoimento ontem à CPMI dos Sanguessugas, o ex-militante do PT Valdebran Padilha negou ter tido participação direta na negociação do dossiê que envolveria candidatos tucanos com as fraudes da compra superfaturada de ambulâncias. Valdebran disse, no entanto, que foi procurado pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, acusado de ser o fornecedor do dossiê, apenas para verificar se o dinheiro para pagar os documentos existia, mas alegou não ter tratado de negociação. ?Não negociei valores, não negociei informações, não tinha participação em arrecadação nem em transporte de recursos.?
Segundo ele, o acompanhamento que Vedoin lhe pediu para fazer era para certificar-se da existência do dinheiro. ?A questão era sempre uma, havia desconfiança de ambas as partes. Se um tinha a informação e se o outro ia pagar. Depois, viu-se que não havia nem tanta informação, nem tanto dinheiro quanto se prometeu (foram prometidos R$ 2 milhões, mas só havia R$ 1,75 milhão para pagar os documentos).
Ainda ontem, a CPMI aprovou a convocação de mais dois acusados. São eles o empresário Abel Pereira, de Piracicaba – acusado de intermediar, no Ministério da Saúde, quando o tucano Barjas Negri era o ministro, a liberação de verbas de emendas para prefeituras comprarem ambulâncias superfaturadas – e Hamilton Lacerda, que foi coordenador de Comunicação da campanha do senador petista Aloizio Mercadante (SP) para governador de São Paulo. Pereira e Lacerda foram convocados a comparecer à CPI amanhã.
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