O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reforçou nesta terça-feira, 3, a ideia de uma convergência entre os interesses de ruralistas e ambientalistas na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. Segundo ele, é possível chegar a um acordo inclusive em projetos polêmicos como o que trata sobre licenciamento ambiental.
“Temos de pegar esses projetos mais polêmicos, mais importantes, como a questão do licenciamento ambiental, que é muito importante. Agora, qual texto que gera convergência? Com certeza haverá um texto que vai gerar convergência na Câmara entre ambientalistas e o agronegócio”, disse o presidente da Câmara.
Maia participou nesta terça de um café da manhã na CNA, que é a principal representante do agronegócio do País ao lado de lideranças da Câmara, inclusive da oposição.
“A reunião é demonstração de maturidade do parlamento brasileiro, de todos os segmentos que defendem o mesmo caminho, o do crescimento da nossa economia, o desenvolvimento ainda maior do agronegócio e o respeito ao meio ambiente. A convergência existe”, disse o presidente da Câmara.
Segundo Maia, a Câmara deve votar nesta semana os projetos que sinalizam de forma clara a proteção do meio ambiente.
“O projeto de licenciamento ambiental, quando for aprovado, temos de estar com a narrativa correta, para a sociedade brasileira e internacional. O projeto não vai flexibilizar o meio ambiente, nem o desmatamento nem a queimada. O que vamos fazer é dar mais transparência e segurança jurídica para o setor produtivo”, comentou. “Qualquer tema agora que gere uma narrativa errada, nós podemos jogar fora 20, 30 anos de construção de uma boa imagem que o agronegócio construiu”, afirmou.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), disse que a crise da Amazônia gerou uma oportunidade para que o antagonismo desse lugar a busca de soluções. “Consenso não é unanimidade; temos de trabalhar convergências”, comentou Moreira. Ele voltou a afirmar que o agricultor brasileiro é contra o desmatamento ilegal.
Sobre a viagem que Maia deve fazer a Europa com a bancada do agronegócio, o presidente da Câmara não deu datas. Ele disse que é preciso primeiro organizar de forma clara a pauta, para que a viagem possa ser produtiva.