Cerca de 150 mulheres integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), acompanhadas de crianças, fizeram hoje manifestação pela reforma agrária na sede do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), em Presidente Prudente, oeste paulista. A aquisição de terras para a reforma agrária e a liberação de créditos para agricultura e moradia são as principais exigências das mulheres assentadas e acampadas do Pontal do Paranapanema.

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“Tanto o governo do Estado como o governo federal são responsáveis pela aquisição de terras. Não foi renovado o convênio, entre o Itesp e o Incra, para a aquisição”, reclamou Maria Aparecida Gonçalves, da direção regional do MST. Ela denunciou que terras devolutas estão sendo ocupadas por usinas para a plantação de cana-de-açúcar. “O agronegócio da cana avança em terras devolutas”, criticou.

Uma comissão de mulheres foi recebida pelo coordenador regional do Itesp, Marco Túlio Vanalli. Ele disse que elas erraram de endereço e que deveriam procurar o Incra. “Nada da pauta é do governo de São Paulo, é responsabilidade do governo federal, que é ator principal e não figurante”, ironizou o coordenador. “O Vanalli arrumou uma ótima desculpa”, retrucou Maria Aparecida, que acusou a polícia de impedir a entrada das mulheres na sede do Itesp.

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