O número de famílias que tem a mulher como principal referência (responsável ou líder) continua crescendo de forma substancial no País, segundo observou o técnico João Belchior, um dos responsáveis pela Síntese de Indicadores Sociais 2007, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2006, de acordo com o levantamento, 29,2% das famílias tinham a mulher nessa posição. Em 1996, eram 21,6%. Do total de famílias que tinham na mulher a principal responsável, em 20,7% delas havia também um cônjuge (em 1996 esse porcentual era bem menor, de 9,1%).
O número de mulheres que são indicadas como a pessoa de referência da família aumentou consideravelmente entre 1996 e 2006, passando de 10,3 milhões para 18,5 milhões nesse período.
A pesquisa mostra também que, dos 13 milhões de casais brasileiros cujo homem é a pessoa de referência, apenas 37,5% têm os dois (homem e mulher) ocupados. E, nesse tipo de família, a mulher ocupada ganha, na maior parte (37,2%) menos da metade do salário do homem e, em 35,4% dos casos, recebem mais de 50% e menos de 100% do salário do cônjuge.
