Uma mulher de 42 anos atendida no domingo pelo Hospital Universitário de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, tem 12 agulhas dentro de seu corpo há pelo menos dois anos. É o terceiro caso semelhante tornado público no Brasil nas últimas semanas. Antes dela, médicos identificaram objetos metálicos pontiagudos em dois meninos, um na Bahia e outro no Maranhão.
A presença das agulhas na mulher foi constatada em exames preparatórios para uma cirurgia na coluna feita em 2007. Surpresa, ela procurou explicações com o companheiro, com quem morava numa cidade do sul de Santa Catarina. “Ele disse que queria me ver aleijada, em uma cadeira de rodas, para ficar dependente dele. As agulhas fariam parte de um ritual de magia negra. Ele contou que me dopava”, disse ela, com a voz distorcida e o nome omitido, em entrevista à RBS TV, na noite de ontem. O casal se separou pouco depois da descoberta e a mulher decidiu mudar de cidade, para Santa Maria.
Os médicos entenderam que as agulhas, alojadas em regiões gordurosas, não ameaçam órgãos vitais, não oferecem risco iminente à saúde da paciente e não provocam os sintomas que ela descreveu. Por isso, optaram apenas pela prescrição de remédios para a dor.