A ?primeira-dama? do crime organizado de São Paulo, a estudante de psicologia Cynthia Giglioli da Silva, de 31 anos, foi condenada a 8 anos de prisão por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha pela 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Casada com o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Camacho, o Marcola, a estudante está foragida. A decisão dos desembargadores do TJ é definitiva, quanto ao mérito do caso, cabendo recurso só nos tribunais superiores de Brasília.
A decisão foi tomada em sessão ocorrida no dia 16. Dois dias depois, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) removeu da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau dois líderes do PCC, Julio Cesar Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e Daniel Vinícius Canônico, o Cego, para o Centro de Readaptação Penitenciária (CRP), o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes. Carambola é o segundo homem na hierarquia do PCC. Canônico, por sua vez, é tido como o porta-voz de Marcola.
A polícia não sabe se as transferências estão ligadas à condenação de Cynthia. Existe o temor de que a possível prisão da mulher de Marcola, em cumprimento ao mandado de prisão, leve a uma reação da facção criminosa como em 2006, quando o PCC desencadeou três ondas de atentados no Estado. Marcola, que permanece na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, casou-se com Cynthia quando estava no CRP, em janeiro do ano passado. Ele e Cynthia haviam namorado durante sete anos.