A mulher do deputado Paulinho da Força (PDT-SP), Elza de Fátima Costa Pereira, convocou na sexta-feira (9) a imprensa a visitar a ONG Meu Guri, em Mairiporã, para avisar que vai abrir as contas da entidade. A seu lado estava Paulinho, que aproveitou para dizer que seu ex-assessor e ex-conselheiro do BNDES João Pedro de Moura não participou da liberação de R$ 1,2 milhão do banco para a ONG. "Ele pode até falar lá dentro, mas conselheiro não libera recursos. Nós (Força Sindical) nos responsabilizamos por ter indicado ele para o cargo".
Segundo Paulinho, a ONG sobrevive da contribuição de trabalhadores e empresários. "Fizemos um pedido ao BNDES para que nos concedessem recursos para comprar um terreno", relatou. "Não dava. A linha de crédito era só para construção. Compramos o terreno e, a partir daí, ficamos trabalhando a idéia de um lugar em que se pudesse construir". De acordo com ele, o valor total do repasse do banco foi de R$ 1,328 milhão – e não R$ 1,2 milhão. "O que o banco nos deu era pouco. O custo total da obra, R$ 4 milhões, foi amparado por doadores".
Elza ainda prestou alguns esclarecimentos sobre a Meu Guri. Segundo ela, o nome de Moura foi excluído do site da ONG na quinta-feira "porque precisava de uma atualização".
Uma placa comemorativa, no entanto, comprova que Moura era suplente do conselho fiscal da Meu Guri à época do último repasse do BNDES: abril de 2004. "O Moura saiu em 2007", acrescentou Elza. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.