Múcio assume ministério de olho em votação da CPMF

Na primeira manifestação como ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB-PE) deixou claro que a tarefa óbvia e imediata é uma só: aprovar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). ?É um desafio que já experimentamos na Câmara e, tenho absoluta certeza, os senadores, sensíveis e comprometidos com o desenvolvimento do País, têm consciência de que precisa ser aprovada?, disse. O problema, porém, começa no seu próprio partido – a bancada de seis senadores do PTB rompeu com o bloco governista, em decisão unânime, e deve adicionar dificuldades às negociações da CPMF.

?O que a gente quer é autonomia, é funcionar como uma legenda, é ter direito a indicar os integrantes das comissões e ter voz nas reuniões de líderes?, disse o senador Sérgio Zambiasi (RS). Antes, por pertencer ao bloco, o PTB ficava subordinado às decisões da líder do PT, Ideli Salvatti (SC).

Foi por causa de uma atitude dela – o afastamento do senador Mozarildo Cavalcanti (RR) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), depois que ele anunciou voto contrário à prorrogação da CPMF – que se deu o rompimento. O PTB seguirá na base aliada, mas com mais liberdade nas votações.

Já como ministro, Múcio informou, em rápida entrevista no Palácio do Planalto, que o deputado Henrique Fontana (PT-RS) será o novo líder do governo na Câmara. O petista se destacou na defesa do governo, em 2005, na CPI dos Correios.

Múcio reiterou que, por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dará continuidade ao trabalho de seu antecessor, principalmente em torno das negociações para a prorrogação da CPMF.

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