A coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) faz uma espécie de aquecimento na Praça da República na tarde desta terça-feira, dia 24, para depois seguir em marcha na direção da Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí, região central. A entrada principal do prédio já está fechada e policiais militares da Tropa de Choque estão no local.
Ao protesto do MTST, devem se unir integrantes da Federação Pró Moradia do Brasil, que já estão em frente à Câmara. A reivindicação de ambos os grupos é a mesma: a aprovação do novo Plano Diretor de São Paulo. Com ele, parte das áreas hoje invadidas na cidade serão regularizadas.
Mais cedo, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que esteve reunido com parte dos vereadores para discutir a votação do Plano Diretor. “Acho que o projeto está maduro para a deliberação dos vereadores, talvez com um retoque ou outro. Temos um grau de amadurecimento importante. A hora agora é de tomar uma decisão para o futuro da cidade”, disse.
Sobre a pressão do MTST, e as ameaças de novas invasões e ocupações enquanto o texto não for aprovado, Haddad afirmou que respeita as “reivindicações” legítimas, mas que a Prefeitura sempre se colocou contra “qualquer tipo de violência e quebra de ordem”. Ainda de acordo com Haddad novas áreas ocupadas podem ser destinadas para habitação popular apenas por meio da Lei de Uso e Ocupação do Solo.
O Plano Diretor está na pauta da Câmara nesta terça, mas não há garantias de que o projeto será levado à votação em plenário. Além dele, o MTST ainda exige a aprovação de outro projeto que classifica o terreno onde foi organizada a Ocupação Copa do Povo, na zona leste da cidade, como uma área de interesse para construção de moradias populares.