MT confirma vazamento de provas de concurso público

O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), confirmou hoje pela manhã que houve vazamento de provas no concurso público suspenso no dia 22 de novembro, quando 274 mil candidatos concorriam a 10.086 vagas na administração estadual. Ao anunciar a suspensão, em novembro, o governador disse que tomou a decisão por causa das falhas na organização do exame e que não havia evidências de fraudes. Hoje, Maggi confirmou que estavam corretas as suspeitas do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público Estadual, que um dia antes das provas, com base em denúncias, apreendeu notebooks e pen drives na casa de três pessoas em Cáceres (225 quilômetros a oeste de Cuiabá).

Todos os envolvidos eram servidores da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), instituição responsável pela organização do exame. A perícia conseguiu recuperar os arquivos apagados dos computadores, que continham as respostas e as justificativas das questões do concurso.

Maggi afirmou que os servidores da universidade envolvidos na fraude foram afastados e responderão pelo crime de violação de sigilo funcional, que pode dar de dois a seis anos de prisão. O governador afastou a Unemat da coordenação logo após o concurso ser suspenso por causa de “falhas logísticas” na distribuição das provas.

Os novos exames serão realizadas em duas etapas, nos dias 31 de janeiro e 21 de fevereiro, e estarão sob responsabilidade dos secretários Diógenes Curado (Justiça e Segurança Pública), Alexander Maia (Casa Militar) e Geraldo de Vitto (Administração).

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