Cerca de 250 integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram hoje as instalações da usina Capital, em Nuporanga, a 391 km de São Paulo, na região de Franca. Os sem-terra montaram acampamento numa área plantada com cana-de-açúcar. A ação fez parte do “abril vermelho”, a jornada nacional de lutas do movimento. É a sexta propriedade rural invadida esta semana no interior de São Paulo.
De acordo com a coordenação estadual do movimento, a usina está abandonada e em processo de disputa judicial há cinco anos. Os canaviais ocupados são antigos e passaram do ponto de corte. A coordenação não tinha informação sobre as dimensões da área, que é reivindicada para o assentamento das famílias. Um advogado dos antigos proprietários acionou a Polícia Militar e registrou a invasão na Delegacia de Polícia local. Outras cinco áreas permaneciam invadidas.
Em Marabá Paulista, os sem-terra foram notificados de uma decisão judicial que obriga a retirada de um acampamento montado nas proximidades da fazenda Nazaré. As terras pertencem à família do ex-prefeito de Presidente Prudente, Agripino de Lima. A justiça determinou que os sem-terra se afastem pelo menos 10 quilômetros da propriedade. O MST informou que entrará com recurso e permanecerá no local. Também foram concedidas liminares de reintegração de posse para outras três propriedades ocupadas. O MST informou que a saída será negociada.