O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denunciou hoje, em nota, a falta de proteção a um dos sobreviventes da chacina que matou cinco pessoas município de Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco, na segunda-feira. De acordo com a entidade, o trabalhador rural não está recebendo nenhuma proteção por parte da polícia ou do governo do Estado, apesar de ser testemunha do crime no assentamento Chico Mendes.

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A testemunha, segundo o comunicado, depois de ser liberada do Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, onde estava hospitalizada em razão de um tiro na clavícula, foi levada para depor com a garantia de que teria proteção até o final das investigações. No entanto, depois de ser ouvido, ele foi deixado pela policia em uma casa semi-abandonada e sem nenhuma proteção policial.

O MST “denuncia a negligencia do Estado de Pernambuco na proteção de trabalhadores sem-terra em situação de risco e ameaça, ao mesmo tempo que esse mesmo Estado é rápido na condenação e criminalização desses trabalhadores em sua legítima luta pela terra”. A denúncia será apresentada ao ouvidor Agrário Nacional Adjunto, que deve chegar ainda hoje a Pernambuco para acompanhar o caso.

Enterro

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Os sem-terra assassinados na segunda-feira, Natalício Gomes da Silva e Olimpio Cosme Gonçalves, foram enterrados ontem no município de Surubim. Já Juarez Cesário da Silva e “Dedé” foram sepultados no Cemitério do Distrito de Laje, em Caruaru. O sem-terra João Pereira da Silva foi enterrado no distrito de São Domingos, em Brejo da Madre de Deus.