Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) entraram em acordo com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e desocuparam, na tarde desta quinta-feira, o trecho da ferrovia Vitória-Minas localizado na cidade de Tumiritinga, no Vale do Aço. Cerca de 1.000 trabalhadores, segundo o movimento, e 100, conforme a Polícia Militar local, haviam bloqueado a ferrovia no início da manhã, interropendo as operações do trem da Vale que transportava minério, grãos e produtos siderúrgicos entre o Espírito Santo e a região central de Minas.

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Em nota, o MST dizia que o trem da Vale foi parado “por justiça para Felisburgo e pela suspensão dos despejos, em meio a fazenda improdutiva da empresa Fibria, Rancho Miura”. O movimento afirma, no texto, que há 21 despejos para serem executados pelo governo de Minas Gerais. “São áreas improdutivas que por lei já deveriam ter sido destinadas a reforma agrária”, protesta.

 

O Incra informou que vai se reunir com as lideranças do movimento para tratar as questões levantadas e intermediar junto ao governo de Minas Gerais que envie representantes, como foi reivindicado pelo MST. Na nota enviada aos jornais, o sem-terra exigiam também uma reunião com o secretário de “segurança pública” do Estado. A assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social de Minas não confirmou a presença do secretário na reunião. O encontro será na próxima terça-feira (22), 16 horas, em Belo Horizonte. Procurada, a Secretaria de Estado de Regularização Fundiária disse que iria se inteirar melhor do assunto antes de se manifestar, e não havia retornado até 18h30.

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Por meio de sua assessoria, a Vale informou que acompanhou a manifestação, e que não houve maiores problemas além do prejuízo provocado pelo atraso nas operações do trem. A capitã da Polícia Militar Adriana Alfenas, de Tumiritinga, informou que as negociações entre a PM, representantes do Incra e do movimento foram pacíficas, sem transtornos para a população.