Salvador – O núcleo baiano do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou ontem que vai iniciar esta semana uma série de invasões em sedes de prefeituras do estado. As ações devem acontecer em administrações que não estariam "cumprindo suas obrigações na manutenção de escolas, contratação de professores e garantia de transporte para os alunos dos assentamentos" do movimento. Conforme o MST, prefeitos que derrotaram candidatos apoiados pela organização teriam desativado escolas que funcionavam em assentamentos, como retaliação. Eles teriam, segundo líderes do MST, transferido os grupos escolares para locais distantes, até 30 quilômetros de onde estavam antes. A direção do MST não divulgou a lista de prefeituras que deverão ser ocupadas para "prevenir ações de repressão", mas informou que se localizam em praticamente todas as regiões da Bahia. Numa outra frente, o deputado estadual Valmir Assunção (PT), um dos coordenadores nacionais do MST – que sempre esteve à frente das ocupações de terras na Bahia até assumir o mandato em janeiro – está conversando com os colegas da bancada governista que exercem liderança em algumas das prefeituras que estariam causando problemas ao MST. O objetivo é, com diálogo e sem a necessidade de usar o expediente da invasão, evitar conflitos e garantir o cumprimento do ano letivo sem prejuízos para os alunos.
MST anuncia que vai ocupar prefeituras na Bahia
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