Recife

– O Movimento dos Sem-Terra (MST) vai adiar, provavelmente para abril, as grandes ocupações de terra previstas para ocorrer em todo o País em janeiro do próximo ano. A informação foi dada ontem por Jaime Amorim, porta-voz da direção nacional do movimento, que está reunida em Caruaru, no agreste pernambucano, a 130 quilômetros do Recife, para definir a posição da entidade em relação ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Amorim, o prazo da trégua será discutido no encontro, que se encerra amanhã e reúne um total de 60 pessoas – entre dirigentes nacionais e regionais.

Na semana passada, um dos coordenadores nacionais do MST, Gilmar Mauro, havia afirmado que uma trégua nas invasões não fazia parte da pauta do encontro, mas Amorim explicou a mudança de planos lembrando que “também o governo Lula dizia que ia fazer a reforma agrária de uma canetada”. “Vamos sentar para discutir a melhor forma e a melhor tática para ajudar este governo a fazer a tão esperada reforma agrária”, observou, ao reiterar que a “prioridade zero” do movimento é o assentamento imediato das 100 mil famílias de sem-terra acampadas em todo o País.

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