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MPRJ abre inquérito para investigar viagem de Crivella à Europa

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) abriu inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na viagem à Europa do prefeito carioca Marcelo Crivella (PRB) no carnaval deste ano. Ele viajou acompanhado de outras quatro pessoas, que tiveram suas passagens aéreas custeadas pela prefeitura. Dois deles também tiveram as diárias de hotel pagas. Ao todo, o gasto é estimado em pelo menos R$ 130 mil.

Em comunicado, o MPRJ informou que será investigado se a viagem realmente atende ao interesse público e justifica o gasto. “O MPRJ determinou que seja esclarecido pelo prefeito o custo de cada viagem internacional realizada, com encaminhamento de planilha das passagens aéreas e diárias”, informa.

Esclarece ainda que, em novembro do ano passado, o município do Rio editou a Resolução 68, na qual eleva em 46% o valor das diárias pagas aos agentes públicos municipais em viagens oficiais ao exterior. No caso do prefeito, o valor da diária em deslocamentos para Europa foi reajustado de 297,27 para 435,87 euros. Em viagens fora da Europa, a diária foi de 280 para 410,55 dólares.

Além da justificativa oficial para cada viagem e benefícios gerados à cidade, Crivella deve indicar os nomes e cargos de cada um dos membros da comitiva. A Controladoria Geral do Município também deverá esclarecer se recebeu relatórios detalhados de controle das viagens.

A prefeitura, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que Crivella viajou acompanhado do chefe executivo do Centro de Operações Rio (COR), Guilherme Sangineto, o diretor-presidente da Empresa Municipal de Informática (Iplanrio), Fábio Pimentel de Carvalho; do chefe de Inteligência da Polícia Militar, coronel Antônio Goulart; e do engenheiro industrial Luis La Torre. O grupo esteve na Alemanha, Áustria e Suécia em busca de soluções tecnológicas para a segurança da cidade, segundo a assessoria.

Foi ainda solicitado à Câmara Municipal que encaminhe ao MPRJ cópias dos relatórios sobre os resultados das viagens internacionais oficiais do prefeito. “A lei determina ao chefe do Executivo que adote essa providência até 15 dias após o seu retorno de cada viagem. Todos os ofícios foram encaminhados nesta sexta-feira (16/2)”, informou.

A prefeitura, até ontem à noite, não tinha recebido ofício e que, assim que chegasse, prestaria as informações solicitadas.

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