O Ministério Público Federal apresentou ontem à 2.ª Vara Federal Criminal de Curitiba as alegações finais contendo o pedido de condenação de 22 diretores, gerentes, assessores e supervisores do Banestado e ainda um diretor do Del Paraná.
Eles são acusados de crimes de gestão fraudulenta e evasão de divisas, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Na alegação, o MPF pede, ainda, a absolvição de um dos diretores do banco Del Paraná, Kasuto Yokoo, por falta de provas.
De acordo com a denúncia do MPF, recebida em agosto de 2003 pela Justiça Federal, os acusados geriram fraudulentamente o Banestado para promover a evasão de divisas do país com a participação de diretores e responsáveis pelo Banco del Paraná.
Os procuradores da República afirmam que quase totalidade dos recursos financeiros movimentados em contas de não-residentes nos anos de 1995 a 1997 (com exceção dos valores depositados em espécie e com autorização especial do Banco Central) teve a intermediação criminosa de contas de “laranjas”. Entre 22 de abril de 1996 e 31 de janeiro de 2000, foram registrados depósitos de US$ 1.216.974.421,65, feitos por “laranjas”, em uma conta do Banco del Paraná, mantida na agência Centro do Banestado em Foz do Iguaçu.
Os acusados
Os acusados são os seguintes: Domingos Tarço Murta Ramalho, presidente do Banestado; Aldo de Almeida Júnior, diretor de Câmbio e Operações Internacionais; Gabriel Nunes Pires Neto, diretor de Câmbio e Operações Internacionais; Alaor Alvim Pereira, assessor técnico de Câmbio e Operações Internacionais; José Luiz Boldrini, assessor técnico de câmbio e Operações Internacionais; e Sérgio Eloi Druscz, diretor de contas de depósitos do Banestado.
E ainda: Osvaldo Rodrigues Batata, diretor responsável por contas de depósitos do Banestado; Milton Pires Martins, superintendente regional do Oeste; Benedito Barbosa Neto e Rogério Luiz Angelotti, gerentes de mesa de câmbio da agência do Banestado de Foz; Carlos Donizeti Spricido, Luiz Acosta Gerente e Clozimar Nava, gerentes da agência Centro de Foz do Iguaçu.
Finalmente, o MPF pede condenação de Adelar Felipetti e Wolney Dárcio Oldoni Gerente, da agência JK-Ceasa de Foz do Iguaçu; Valderi Werle, assistente gerencial da agência JK-Ceasa de Foz do Iguaçu; Acenir Brandt, Altair Fortunato Gerente e Onorino Rafagnin, gerentes da agência Ponte da Amizade; Ércio de Paula dos Santos, Gilson Girardi e Valdir Antônio Perin, gerentes da agência Nova Iorque; e ainda Anísio Resende de Souza diretor do Banco del Paraná.