Quatro pessoas foram denunciadas na tarde de quarta-feira pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo furto e receptação de obras do Museu de Arte de São Paulo (Masp), avaliadas em R$ 55 milhões. O crime ocorreu na madrugada de 20 de dezembro de 2007. Os quadros roubados foram “O lavrador de café”, de Cândido Portinari, e “Retrato de Suzane Bloch”, de Pablo Picasso. Além da denúncia, o MPF pediu que a 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo decrete novas prisões preventivas dos acusados para a garantia da aplicação da lei penal.
Para a procuradora da República Adriana Zawada Melo, responsável pelo ofício do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural, Índios e Populações Tradicionais do MPF-SP, que cuida de casos de crime contra o patrimônio cultural até o ato da denúncia, o chefe de cozinha Moisés Manoel de Lima Sobrinho, o ajudante de cozinha Francisco Laerton Lopes de Lima, atualmente presos, e o analista de laboratório Robson de Jesus Jordão, foragido, identificados pela Polícia Civil e denunciados pelo Ministério Público do Estado, devem responder pelos crimes de furto qualificado e tentativa de furto qualificado e quadrilha.
Alexsandro Bezerra da Silva, que está em local incerto após ter recebido o benefício da liberdade provisória quando o processo ainda era estadual, deve responder por receptação e quadrilha. Foi em um imóvel usado anteriormente por seus pais, em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, que a polícia apreendeu, em 8 de janeiro de 2008, os quadros furtados.