Vinte e cinco pessoas foram denunciadas na terça-feira pelo Ministério Público Federal (MPF) em Franca, no interior de São Paulo, acusadas de comercializar pedras preciosas irregularmente. O grupo foi investigado pela Polícia Federal de Ribeirão Preto durante a Operação Quilate. Os suspeitos comercializavam diamantes e pedras preciosas provenientes de garimpos ilegais de todo o Brasil e o dinheiro do comércio era usado para atividade de câmbio sem fiscalização do Banco Central.

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A procuradora da República em Franca Daniela Pereira Batista Poppi relata, na denúncia, que o grupo contava com o apoio de comerciantes das cidades de São Paulo, São José do Rio Preto, Uberlândia e Frutal, em Minas, e negociavam as pedras principalmente com compradores estrangeiros.

Por meio da investigação, que teve início em 2007, foi descoberto que o lucro das vendas, muitas vezes negociadas em dólar ou euro, era utilizado para concretizar operações não autorizadas de câmbio, violando as regras do Sistema Financeiro Nacional.

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No último dia 12 de agosto, a Justiça Federal decretou a prisão e busca de alguns envolvidos. Com eles, foram encontradas inúmeras pedras preciosas, sem qualquer comprovante de compra, o que comprova, de acordo com a denúncia, que elas vinham de garimpos irregulares e que o comércio não tinha controle da Receita Federal.