MPF abre inquérito para investigar adulteração de leite

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou nesta terça-feira (30) inquérito civil público com o objetivo de apurar as falhas no sistema de fiscalização e verificar a existência de outras fraudes na produção de leite, praticadas em laticínios nas regiões de Uberaba e Passos, em Minas Gerais. O inquérito civil público é um procedimento prévio ao eventual ajuizamento de ação civil pública.

Na peça do inquérito, os procuradores Carlos Henrique Dumont e Bruno Nominato de Oliveira afirmam que fraudes como as detectadas nas cooperativas Agropecuária do Sudoeste Mineiro (Casmil) e dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande (Copervale) – suspeitas de acrescentar substâncias químicas não permitidas ao leite longa vida, como soda cáustica e água oxigenada – "só se tornaram possíveis em decorrência de falhas no funcionamento do Sistema de Inspeção Federal".

"Falhas essas que necessitam de correção sob pena de, após a passagem da comoção social causada pela constatação das mesmas, novas fraudes voltarem a ocorrer", destacam no documento. O inquérito, segundo o MPF, pretende ainda investigar quantas amostras de leite foram examinadas pelas unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) este ano e quantas dessas amostras apresentaram adulteração.

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