MP vai à Justiça contra os doleiros

São Paulo

(AE) – O Ministério Público Federal entrou com recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para denunciar o doleiro Alberto Youssef e mais nove pessoas de participar da maior operação de lavagem de dinheiro descoberta no Brasil, ocorrida entre os anos de 1997 e 1999, no Paraná. O relator do processo é o ministro Fernando Gonçalves, da Sexta Turma do STJ. Há dois anos, o Departamento de Polícia Federal instaurou 29 inquéritos policiais, cujos procedimentos investigativos estão apurando a prática de crimes de lavagem de dinheiro contra o sistema financeiro nacional e contra a ordem tributária, posto que, em 1998 e 1999, inúmeras contas-correntes foram abertas em agência do Banco do Estado do Paraná – Banestado, utilizadas para o escoamento de valores desviados dos cofres públicos de Londrina.

Os acusados, dentre eles funcionários graduados do Banestado, foram denunciados por terem se associado entre si e com outros indivíduos, formando uma quadrilha com o objetivo de “estabelecer a confecção de documentos falsos ou a adulteração de documentos verdadeiros, a forjada criação de empresas inexistentes, a abertura ilícita de contas bancárias em nome de empresas fraudulentas e a movimentação, nessas contas, de dinheiro proveniente de crimes contra a Administração Pública ou de outras fontes ilícitas, com a finalidade de dissimular a sua origem criminosa”.

Crime

Alberto Youssef é considerado o líder, pois a base das operações seria a Casa de Câmbio Youssef, de sua propriedade. De acordo com o Ministério Público, a empresa foi constituída com o intuito de abrir uma conta-corrente destinada a promover a lavagem de dinheiro subtraído do erário e proveniente da corrupção, tráfico de drogas, armas e outros negócios ilícitos. Foram lavados cerca de R$ 12 bilhões, envolvendo mais de 30 mil suspeitos, entre donos do dinheiro e “laranjas” usados com o objetivo de enviá-lo para fora do Brasil.

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